O PROTAGONISMO ESTUDANTIL COMO BASE PARA UMA FORMAÇÃO MÉDICA DE QUALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v5i8.272Palavras-chave:
Liderança, Educação Médica, Pensamento CríticoResumo
Introdução: A Educação Médica proposta pela matriz curricular tradicional da maioria das universidades no país é insuficiente para a formação profissional de qualidade, por pouco incentivar, apesar de ser essencial, o desenvolvimento de diferentes esferas e habilidades em liderança pelos discentes. A fim de fomentar a mudança dessa realidade, este trabalho relata a experiência de estudantes do primeiro período de medicina que conseguiram desenvolver essas habilidades por meio de cargos em diversos eixos de atuação. Relato da experiência: No contexto do ensino remoto, calouros de medicina decidiram atuar em cargos de liderança e de gestão de pessoas com eixos de atuação em uma organização estudantil. Eixos como Capacity Building, Administração, Marketing, Pesquisa e Atividades em Educação Médica e Direitos Humanos e Paz foram referentes à atuação de cada um dos calouros por meio de intervenções educativas e atividades, a fim de atender demandas de outros estudantes vinculados a essa organização, suplementando a matriz curricular regular. Discussão: O currículo médico exclusivamente hospitalocêntrico e técnico se torna insuficiente para uma Educação Médica de qualidade, logo a participação em atividades extracurriculares se torna essencial para uma complementação da formação do profissional. Dessa forma, desenvolver competências e habilidades em liderança e incentivar diferentes atividades podem não só proporcionar um desenvolvimento pessoal, mas também permitir uma troca de conhecimento entre discentes e a população envolvida nas atividades, além de propiciar um desenvolvimento profissional desde o início da graduação. Conclusão: A partir da experiência deste relato, os estudantes conseguiram desenvolver habilidades de liderança e adquirir responsabilidades essenciais à formação médica desde o primeiro período do curso de medicina. Logo a descrição da experiência deste trabalho incentiva a reprodutibilidade de iniciativas semelhantes que possam contribuir para a formação médica de qualidade para futuros profissionais da saúde.
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