ASSISTÊNCIA INCLUSIVA E CONSTRUÇÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM FÓRUM ONLINE SOBRE A SAÚDE LGBTQIA+

Fernanda Clara da Silva; Sadi Bruno Freitas Santin; Ellany Gurgel Cosme do Nascimento

doi:10.53843/bms.v5i8.103

Autores

Fernanda Clara da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0002-8030-7621
Sadi Bruno Freitas Santin Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0003-4859-0057
Ellany Gurgel Cosme do Nascimento Universidade do Estado do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0003-4014-6242

DOI:

https://doi.org/10.53843/bms.v5i8.103

Palavras-chave:

Educação em saúde, Humanização da assistência, Minorias sexuais e de gênero

Resumo

Introdução: A saúde da comunidade LGBTQ+, enquanto bem-estar físico e mental, só é efetiva quando garante o acesso integral na saúde desses indivíduo. Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha implementado avanços na visibilidade desse grupo marginalizado, nota-se que existem diversas especificidades e demandas referentes à população LGBTQ+ que são perpetuadas não só pelo preconceito, mas também pela deficiência crônica advinda de currículos não plurais nas graduações dos cursos de saúde. Assim, é fundamental propor incentivos à essa diversidade de sexualidade e gênero na assistência médica. Relato: O “Proud by Nature - I Fórum de Saúde LGBTQ+”, foi um evento realizado totalmente de forma online, sendo uma ação pensada principalmente para profissionais e estudantes das diversas área da saúde a fim de suscitar o debate de uma pauta tão importante e negligenciada que é a saúde dessa comunidade, abordando temas como: saúde sexual, prevenção de ISTs, atendimento médico humanizado, linguagem inclusiva e saúde mental. Discussão: Diante do exposto, percebe-se que é fundamental que os cursos e especializações de saúde sejam mobilizados na temática LGBTQ+. Quase 70% dos participantes nunca tinha entrado em contato com a temática LGBTQ+ antes do Proud by Nature e a maioria se auto avaliou com conhecimento insuficiente para atender as demandas da população LGBTQ+. Após o evento, todos os participantes avaliaram positivamente o aprendizado durante as palestras, mostrando uma carência desta temática principalmente na graduação e deixando claro como eventos como esse podem ser benéficos para a área da saúde. Conclusão: Os objetivos propostos pelo evento foram cumpridos. Ainda, demonstra-se que as instituições de ensino superior de medicina e suas entidades têm um papel transformador na contribuição não só com a comunidade acadêmica, mas também com o público exterior, espalhando conhecimento em conteúdos muitas vezes velados, como é o caso da saúde LGBTQ+.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; 1988.

da Silva JWSB et al. Políticas públicas de saúde voltadas à população LGBT e à atuação do controle social. Revista de Saúde Pública do Paraná. 2017 Jan; 18(1):140-9.

Prado EA, Sousa MF. Políticas públicas e a saúde da população LGBT: uma revisão integrativa. Tempus, actas de saúde colet. 2017 Mar; 11(1): 69-80.

Popadiuk GS, Oliveira DC, Signorelli MC. A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) e o acesso ao Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS): avanços e desafios. Ciênc. saúde colet. 2017 Maio; 22(5): 1509-19.

Negreiros FRN, Ferreira BO, Freitas DN, Pedrosa JIS, Nascimento EF. Saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais: da Formação Médica à Atuação Profissional. Rev. bras. educ. med. 2019 Jan-Mar; 43(1):23-31.

Loria GB et al. Saúde da população LGBT+ no contexto da atenção primária em saúde: relato de oficina realizada no internato integrado de Medicina de Família e Comunidade/Saúde Mental em uma universidade pública. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2019 Jan-Dez;14(41):1807-17.

Brasil. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 3, de 20 de Junho de 2014. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina. Diário Oficial da União. 23 jun. 2014.

Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União. 20 set 1990; Seção 1:018055.

Albuquerque MRTC, Botelho NM, Rodrigues CCP. Atenção integral à saúde da população LGBT: Experiência de educação em saúde com agentes comunitários na atenção básica. Rev bras med fam comunidade; 2019 Abril; 14(41):1758-1768.

Ferreira BO, Pedrosa JIS, Nascimento EF. Diversidade de gênero e acesso ao sistema único de saúde. Rev Bras Promoç Saúde; 2018 Jan-Mar; 31(1):1-10.

Melo DS, Silva BL, Mello R. A sintomatologia depressiva entre lésbicas, gays, bissexuais e transexuais: um olhar para a saúde mental. Rev enferm UERJ; 2019 Out; 27(e41942): p.1-8.

Montenegro L, Velasque L, Legrand S, Whetten K, Mattos R. De, & Rafael, R. (2019). Public health, HIV care and prevention, human rights and democracy at a crossroad in Brazil. AIDS and Behavior, ANO Mes; 1(4): p-p.

Santos ARD, Santos RMM, Souza MLD, Boery RNSDO, Sena ELDS, & Yarid SD. Implicações bioéticas no atendimento de saúde ao público LGBTT. Revista Bioética (Impressa), 2015 Mai-Ago; 23(2): 400-408.