"NOMES QUE IMPORTAM" - IMPLANTAÇÃO DO NOME SOCIAL NO PRONTUÁRIO DO HOSPITAL DA CIDADE DE CARATINGA (MG)
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v9i13.635Palabras clave:
Serviços de saúde para pessoas transgênero, Minorias sexuais e de gênero, Saúde coletiva, Acesso Efetivo aos Serviços de SaúdeResumen
Introdução: O termo “nome social” refere-se à identificação correta de pessoas transgênero, travestis e não-binários, devendo ser utilizado independentemente da retificação ou não do registro civil. Este é apenas o primeiro passo, de diversos, que comunicam à sociedade a importância e a necessidade de inclusão. Surge, dessa maneira, a demanda de adequação dos serviços de saúde à atenção dessa população, de maneira a garantir que todos tenham acesso efetivo e igualitário à saúde, como urge a Constituição Federal. Relato: A implantação do nome social no prontuário de um Hospital na cidade de Caratinga-MG, bem como a preparação, sensibilização e treinamento dos colaboradores da instituição de saúde ocorreu nos dias 18, 20 e 27 de junho de 2023 e foi parte do projeto “Nomes que Importam”, realizado pelo comitê local IFMSA Brazil- UNEC. Foi-se utilizado de discussões que levaram à reflexão e ao preparo dos funcionários para a condução de atendimentos que acolhessem corretamente a população transgênero, visando incluir a instituição de saúde como um local seguro e preparado para fornecer esse tipo de atenção. Discussão: A marginalização das questões de gênero dificulta o reconhecimento do estado de saúde da população transgênero no Brasil. Apesar do nome social ser assegurado, independentemente da cirurgia de redesignação social, poucas são as políticas públicas que incluem a preparação dos profissionais de saúde para o acolhimento dessa comunidade nos ambientes hospitalares. Portanto, a atividade realizada foi fundamental para a garantia do atendimento dessa população em todas as suas demandas nesse hospital. Conclusão: O projeto “Nomes que Importam” retrata um passo importante na inclusão e na inserção da discussão sobre o acesso da população LGBTQIAPN+ à saúde. Espera-se que esse passo importante nesse hospital sirva de exemplo para outras instituições de saúde da região, mostrando que agir localmente é o impulso para a verdadeira mudança.
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