A PERSISTÊNCIA DE NOVOS CASOS DE HANSENÍASE DE 2012 A 2021 NO TERRITÓRIO DA REDE REGIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DE MARÍLIA-SP E SUA RELAÇÃO SOCIOECONÔMICA: UM ESTUDO ECOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v7i10.368Palabras clave:
Hanseníase, Fatores Socioeconômicos, Epidemiologia, Saúde PúblicaResumen
Introdução: O Brasil é a segunda nação com mais novos casos de Hanseníase no mundo. Em comparação ao restante do país, a região Sudeste é referência na prevenção e tratamento da doença. O presente estudo tem o objetivo de interseccionar as informações de saúde sobre Hanseníase quanto ao modo de entrada no sistema de saúde dos casos diagnósticos por ano, escolaridade e quantidade de lesões cutâneas dos pacientes a fim de verificar as relações do contexto socioeconômico na persistência da doença na macrorregião do Centro-Oeste do estado de São Paulo. Métodos: Estudo epidemiológico ecológico descritivo, retrospectivo, com dados secundários sobre os casos da Hanseníase por ano diagnóstico no período de 2012 a 2021 no território da Rede Regional de Atenção à Saúde (RRAS) 10, do Departamento Regional de Saúde de Marília-SP (DRS IX), a qual engloba 62 municípios da macrorregião do Centro-Oeste paulista. Resultados: Quanto ao modo de entrada dos casos ao sistema de saúde, há predomínio de novos casos. A maior parte são de indivíduos com 4ª série do EF incompleta ou completa, enquanto a menor parcela dessa população possui Educação Superior incompleta ou completa. Há predomínio de condições mais graves com mais de cinco lesões cutâneas. Discussão: Sob análise da variável escolaridade como representante da condição socioeconômica, embora a Hanseníase possa atingir qualquer indivíduo, verifica-se maior prevalência em grupos carentes socioeconomicamente. O predomínio de pacientes multibacilares pode estar relacionado também à escolaridade, uma vez que a baixa compreensão da população sobre a Hanseníase faz com que a busca por atendimento médico aconteça somente quando a doença já está em estágios mais avançados. Conclusão: Há coexistência entre circunstâncias sociais, inferidas pela escolaridade, e prevalência dos casos de Hanseníase no território e período estudados. Reforça-se a necessidade de ações educativas contínuas sobre a doença à população.
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