REVISÃO NARRATIVA ACERCA DA INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NA SAÚDE CARDIOVASCULAR
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v6i9.279Resumen
Introdução: Espiritualidade é definida como um aspecto intrínseco ao ser humano com a busca pelo transcendente, divino e significado da vida. Sobremaneira sua aplicação é descrita em saúde, com ênfase à saúde cardiovascular. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) evidencia que as doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Nesse sentido, objetiva-se descrever o impacto da espiritualidade na saúde cardiovascular. Método: trata-se de uma revisão integrativa realizada pela busca dos descritores “spirituality”, “cardiology”, “cardiovascular disease”, “Cardiovascular System” e variações nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs. Foram incluídos artigos originais e revisionais publicados entre 2016 e 2021 em língua inglesa, portuguesa ou espanhola. Resultados: Dentre os artigos selecionados, foi evidenciado impacto positivo da espiritualidade na prevenção cardiovascular primária e secundária, no enfrentamento de comorbidades cardíacas e na redução de mortalidade. Foi visto menor impacto em relação à melhora de prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca; em contrapartida, observou-se redução de eventos isquêmicos e maior nível de qualidade de vida. Discussão: trata-se de um tema amplamente discutido na literatura. As formas mais eficazes de aplicação da espiritualidade foram yoga, meditação, perdão e gratidão. Os principais impactos descritos foram em relação à redução de estresse, maior adesão ao tratamento e melhor enfretamento das comorbidades. Sua aplicação no contexto cardiológico foi amplamente recomendada pelos estudos analisado, sobretudo pela SBC em sua diretriz de prevenção cardiovascular. Conclusão: embora o tema possua diversas publicações, são necessários mais estudos clínicos que evidenciem o impacto da espiritualidade no prognóstico de cardiopatas e que demonstrem formas eficazes e práticas de aplicação da espiritualidade no contexto hospitalar e ambulatorial, de modo que seja estimulada pelos profissionais de saúde e tenha maior impacto.
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