DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E SEU GRANDE IMPACTO NO BRASIL: CONSEQUÊNCIA DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS OU INEFICIÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS?
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v5i8.100Palabras clave:
Mudança Climática, Doenças Transmitidas pela Água, Qualidade da ÁguaResumen
INTRODUÇÃO: A saúde de uma população está diretamente relacionada à qualidade da água a qual tem acesso, pois o consumo de água não tratada pode ser veículo de diversas doenças, chamadas “waterborne diseases". Essas enfermidades têm maior impacto em países de menor poder aquisitivo, como o Brasil, apresentando como principal responsável o tripé: falta de acesso à água potável, saneamento básico e condições de higiene. Também se observa que as alterações climáticas influenciam na transmissão dessas doenças. METODOLOGIA: Revisão narrativa, utilizando os descritores "Waterborne diseases” e “Climate change”; "Waterborne diseases” e “Basic Sanitation” na plataforma Pubmed para encontrar artigos, além de diretrizes e documentos oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde, Fiocruz e Intergovernmental Panel on Climate Change. Após aplicação de filtros e leitura de resumo, 11 artigos dos últimos 20 anos foram selecionados. RESULTADOS: As doenças de veiculação hídrica são uma grande preocupação principalmente em países subdesenvolvidos e emergentes, como o Brasil, pela alta prevalência e morbimortalidade. As mais relevantes são: doença diarreica aguda, cólera, shigelose, febre tifoide e hepatite A e E. A ingestão da água inapropriada para consumo, falta de saneamento básico e higiene foram responsáveis por 829.000 mortes por diarreia no mundo em 2016, segundo a OMS. Esta revisão de literatura traz análise de dados oficiais da América Latina e Brasil. DISCUSSÃO: As waterborne diseases sofrem influência das alterações climáticas, direta ou indiretamente, mas especialmente da falta de acesso à água potável, saneamento básico e higiene. Muitas dessas patologias são classificadas como condições sensíveis à atenção primária. CONCLUSÃO: É possível inferir que no Brasil, os panoramas socioeconômico e climático contribuem para a prevalência dessas doenças. Políticas públicas eficazes podem alterar esse quadro, através do fortalecimento da atenção primária à saúde, acesso à água potável, saneamento básico e higiene, direitos básicos da população.
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