A pandemia COVID-19 impactou o autocuidado do paciente diabético? Comparação período pré e atual da pandemia.
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v6i9.203Keywords:
Diabetes Mellitus, Infecção por coronavírus, AutocuidadoAbstract
INTRODUÇÃO: Diabetes é uma doença complexa cujo controle envolve dieta específica, atividade física e medicação correta. A pandemia da Covid-19 impôs limitações ao cotidiano da população, sobretudo, aos grupos de risco como os pacientes diabéticos Assim, comparar hábitos de autocuidado desta população antes e durante a pandemia possibilita quantificar o impacto do isolamento social no autogerenciamento da doença. OBJETIVOS: Mensurar o autocuidado de diabéticos durante a pandemia do COVID-19 e compará-lo ao momento pré-pandêmico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo realizado entre junho e agosto de 2020 disponibilizado via Google Formulário junto ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) compartilhado aleatoriamente em redes sociais. Foram entrevistadas 130 pessoas diabéticas entre 18 e 91 anos, que assinaram o TCLE. Cada hábito citado no validado “Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes” foi avaliado no durante e antes da pandemia, totalizando 40 questões. Essas abordavam os pilares terapêuticos do diabetes: alimentação, atividade física, uso de medicação (medicação correta), monitorização da glicemia, cuidado com os pés e tabagismo. Os entrevistados responderam primeiramente quanto sua autopercepção de melhora ou piora no cuidado durante a pandemia e em seguida sob forma de dias por semana (0 a 7) sendo 0 a menor aderência e sete a mais favorável. A avaliação do tabagismo considerou a proporção de fumantes, a média de cigarros consumidos e a última vez em que fumou. RESULTADOS: houve aumento na frequência do auto exame dos pés nos entrevistados com DM1 durante a pandemia (p=0,012). A prática de exercícios físicos apresentou redução das atividades tanto em DM1 (p=0,008) como em DM2 (p =0,012). CONCLUSÃO: A pandemia do COVID-19 afetou hábitos importantes no controle da diabetes, especialmente a atividade física. Reconhecer estas mudanças no autogerenciamento diabético em isolamento social auxilia na abordagem futura destes pacientes.
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