COBERTURA VACINAL NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO BRASIL

UMA ANÁLISE DE DADOS TRANSVERSAL DO PERÍODO DE 2018 A 2022

Autores

  • Alana Carolina Andrade Dalla Costa Universidade Federal de Pelotas
  • Sílvia Stringari da Fonseca Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.53843/bms.v9i13.649

Palavras-chave:

Vacinas, Cobertura Vacinal, Saúde da Criança

Resumo

INTRODUÇÃO: O surgimento das vacinas na primeira infância possibilitou a queda nos índices de mortalidade infantil e erradicação de diversas doenças, proporcionando qualidade de vida às crianças em todo o mundo. Entretanto, estimativas do Programa Nacional de Imunização (PNI) mostraram índices decrescentes da vacinação de 2014 em diante. Por isso, o conhecimento a respeito da imunização e cobertura vacinal (CV) é importante para acompanhar o progresso da implementação de vacinas. Esse trabalho se dispôs a analisar os índices de cobertura vacinal no primeiro ano de vida no Brasil em um período de 5 anos. METODOLOGIA: Trata-se de uma análise transversal retrospectiva de dados acerca da cobertura vacinal dos imunobiológicos aplicados no primeiro ano de vida no Brasil, no período entre 2018 e 2022. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação do PNI (SI-PNI) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). RESULTADOS: 186.468.268 vacinações foram avaliadas. As médias obtidas de cobertura vacinal em 5 anos para as vacinas do primeiro ano de vida foram: 85,6% para BCG, 76,4% para hepatite B, 79,7% para vacina inativada contra poliomielite, 80,6% para rotavírus, 77,1% para pentavalente, 84,5% para Pneumo-10, 77,3% para Meningo-C, 59,6% para febre amarela e 84,5% para Tríplice Viral. DISCUSSÃO: As taxas de cobertura vacinal no Brasil possuem índices razoáveis, mas ainda muito longe da meta de 90%. Trata-se de um problema multicausal que vai desde o pouco acesso às consultas de puericultura à falta de doses em postos de saúde. CONCLUSÃO: A CV varia muito no Brasil. De forma a ser satisfatória em relação a alguns imunobiológicos, mas distante de obter os resultados almejados em sua totalidade. Trata-se de um problema com várias origens que deve ser analisado sob suas diversas faces para garantir programas de imunização eficazes.

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Biografia do Autor

Alana Carolina Andrade Dalla Costa, Universidade Federal de Pelotas

Discente de Medicina.

Sílvia Stringari da Fonseca, Universidade Federal de Pelotas

Faculdade de Medicina, Departamento de Pediatria, Médica Especialista em Pediatria.

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Publicado

26.08.2024

Como Citar

1.
Andrade Dalla Costa AC, Stringari da Fonseca S. COBERTURA VACINAL NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE DADOS TRANSVERSAL DO PERÍODO DE 2018 A 2022. BMS [Internet]. 26º de agosto de 2024 [citado 21º de setembro de 2024];9(13). Disponível em: https://bms.ifmsabrazil.org/index.php/bms/article/view/649