PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COLETA DE LEITE HUMANO DOADO AOS BANCOS DE LEITE NO BRASIL
Palavras-chave:
Bancos de Leite Humano; Aleitamento Materno; Nutrição do Lactente; Doações; Epidemiologia.Resumo
INTRODUÇÃO: O leite humano (LH) é a principal dieta dos lactentes. No entanto, até 2019, os níveis de doação de LH foram relativamente baixos no Brasil, segundo o estudo Estudo Nacional de Nutrição e Alimentação Infantil (ENANI-2019). Considerando a carência de estudos atualizados sobre o tema, esse estudo visa avaliar a epidemiologia da coleta do LH doado aos bancos de leite no Brasil no período de 2018 a 2022. MÉTODO: Estudo epidemiológico retrospectivo e quantitativo efetuado de acordo com o checklist STROBE. Os dados foram coletados em maio de 2023 no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídas todas as coletas de leite externo por doadora notificadas em todos os estados brasileiros. As variáveis foram: ano e mês de notificação, e região/unidade da federação de residência. RESULTADOS: As coletas de LH no Nordeste correspondem à maior reserva do Brasil (31%), tendo o Maranhão a maior taxa (63%). O Sudeste foi a segunda região (26%) e obteve a menor variação entre a quantidade de coletas (dp=0,01). São Paulo apresentou a maior taxa da região (66%) e o Espírito Santo, a menor (5%). As regiões Norte e Centro-Oeste possuíram os menores percentuais nacionais (9%). DISCUSSÃO: O leite materno é recomendado para todos os lactentes, porém, em casos de infecções ou da ingestão de substâncias, a progenitora não pode amamentar. Assim, o leite doado torna-se uma opção mais segura em relação às fórmulas infantis. Fatores incentivadores para a doação são: estímulo de puérperas, informação através de campanhas ativas e durante a própria assistência da paciente. CONCLUSÃO: Apesar da ampla rede de bancos de LH, a doação no Brasil é baixa, inferindo a necessidade de que os profissionais da área da saúde incentivem mais o ato.
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