Uma Análise dos Principais Motivos que Levam ao Litígio na Cirurgia Plástica
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v8i12.436Resumo
Com a crescente mundial dos procedimentos de cirurgia plástica, os processos judiciais relacionados também cresceram drasticamente, sendo o Brasil o país que mais cresce em número de cirurgias. O litígio nessa área segue um crescimento exponencial, e entender por que eles ocorrem e seus desdobramentos é imprescindível. Podendo ser motivados por diversos fatores, como falta de experiência cirúrgica, falta de esclarecimento dos termos, mal prática, resultado indesejado, entre outros. Sendo assim, buscamos encontrar uma relação dos processos judiciais com as habilidades atribuídas a um cirurgião plástico, tanto no quesito profissional, englobando prática e experiência, quanto em habilidades comunicativas, para esclarecer informações e expectativas do paciente. A pesquisa de revisão foi realizada em 5 etapas, seguindo o rigor metodológico que garantisse a reprodutibilidade das informações encontradas. Foram encontrados 280 artigos relacionados, dos quais 10 se adequaram aos critérios de seleção. Ao cruzar os dados e interpretá-los, conclui-se que o litígio nessa área da medicina acontece por diversos fatores já citados. Entretanto, dos processos analisados, poucos se encaminharam a favor do paciente e quando foram foi comprovado desvio considerável dos padrões pré-estabelecidos por especialistas da área, sendo os casos impulsionados pelo descontentamento com os resultados os de menor credibilidade, uma vez que são considerados muito subjetivos. Sendo assim, por mais que os médicos não saiam prejudicados no âmbito judicial na maioria dos envolvimentos judiciais, o processo é desgastante para ambas as partes, gerando uma dúvida no crédito profissional e desvirtuando a sua imagem pública. Os casos de falta de esclarecimento dos termos são os mais presentes na judicialização, reforçando que além da experiência e habilidades técnicas o cirurgião plástico precisa apresentar habilidades comunicativas para evitar os litígios atribuídos a sua área de prática.
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