RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO: REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DAS CONSEQUÊNCIAS DA PELE IMATURA COMO PRIMEIRA BARREIRA IMUNOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v5i8.39Palavras-chave:
Recém-nascidos pré-termo , prematuros , pele imaturaResumo
Introdução: A imunidade humana é tipificada por imunidade inata e adaptativa. Naquela, a defesa é inespecífica e feita por estruturas presentes naturalmente no organismo, dentre as quais, a pele faz parte e possui importante papel como barreira. Nos recém-nascidos pré-termo, porém, a pele, imatura, não está completamente desenvolvida ao entrar em contato com o ambiente extra-uterino e performar seu propósito, sendo o objetivo do presente estudo identificar quais as consequências da pele imatura no sistema imune do nascido prematuro. Métodos: Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, por meio da pesquisa na base de dados PubMed com os termos de busca recém-nascido pré-termo, prematuros e pele imatura, concatenadas com o operador Booleano AND, bem como análise qualitativa do material. Resultados: Na busca, foram encontrados 56 estudos relacionados, dos quais 5 foram analisados após realizada a aplicação dos critérios de exclusão. Discussão: Percebeu-se, pela observação da pesquisa, que a fragilidade da pele de bebês prematuros é um consenso e que a epiderme ainda em desenvolvimento permite a invasão por agentes patológicos com maior rapidez e facilidade, dentre outros problemas. Tais injúrias são condicionadas pela ausência de corneócitos na periferia externa da epiderme destes nascidos, não lhes possibilitando a proteção de uma barreira não sorvente ao organismo. Conclusão: Assim, chegou-se à conclusão de que existem consequências como a perda de líquido, desregulação de eletrólitos e temperatura corporal, danos mecânicos e maior risco de infecção ou intoxicação, na exposição precoce da pele de prematuros no nascimento, devido à sua fragilidade e sua incapacidade de agir como barreira, condicionada pelo não desenvolvimento da camada córnea da epiderme.
Métricas
Referências
Medzhitov, R. e Janeway C., Jr. Advances in immunology: Innate immunity. New England Journal of Medicine, 2000, 343(5), 338-344.
Ministério da Saúde do Brasil, secretaria de vigilância em saúde, departamento de vigilância das doenças transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. [S.l: s.n.], 2014. 176 p.: il. ISBN 978-85-334-2164-6.
Stuart E. Turvey , MB BS, DPhil e David H. Broide , MB ChB.O jornal de alergia e imunologia clínica, 2006. Capítulo 14, Imunidade inata, Volume 125 (2 Suplemento 2): S24 – S32. Publicação online.
Abbas, Abul K e Lichtman, Andrew H. e Pillai, Shiv. Imunologia Celular e Molecular, 2015. CAPÍTULO 4, Imunidade Inata. 8th. ed. Saunders, 2014, ISBN-13: 978-0323222754.
Hahn, LP. Pele do recém-nascido prematuro [monograph]. Curitiba: Departamento de Pediatria, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná; 2001. 145p.
Irving, V. Skin problems in the pre-term infant: avoiding ritualistic practice. Professional nurse (London, England). [S.l: s.n.]., 2001, 17 (1): 63-6.
Vance, D A, Demel S, Kirksey K , Moynihan M , Hollis K. A delphi study for the development of an infant skin breakdown risk assessment tool. Advances in Neonatal Care, 2015. Abril de 2015; 15 (2): 150-7.
Aredes, N. D. A.; Santos, R. C. DE A.; Fonseca, L. M. M. Cuidados com a pele do recém-nascido prematuro: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 19, 31 dez. 2017.
Souza, M T de; Silva, M D da; Carvalho, R de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 8, n. 1, p. 102-106, Mar. 2010.
Fernandes, J D; Machado, M C R; Oliveira, Z N P de. Prevenção e cuidados com a pele da criança e do recém-nascido. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro, v. 86, n. 1, p. 102-110, Feb. 2011.
Addor, F A S; Aoki, V. Barreira cutânea na dermatite atópica. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro, v. 85, n. 2, p. 184-194, Apr. 2010.
Gurgel, E P. P. Avaliação da eficácia da membrana semipermeável na pele de recém-nascido prematuro como recurso tecnológico para prevenção de perdas de água transepidérmicas. 2015. 96 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Natalia Marasca Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As licenças de usuário definem como os leitores e o público em geral podem usar o artigo sem precisar de outras permissões. As licenças públicas do Creative Commons fornecem um conjunto padrão de termos e condições que os criadores e outros detentores de direitos podem usar para compartilhar obras originais de autoria e outros materiais sujeitos a copyright e alguns outros direitos especificados na licença pública disponível em https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR. Ao usar a 4.0 International Public License, a Brazilian Medical Students (BMS) concede ao público permissão para usar o material publicado sob os termos e condições especificados acordados pela revista. Ao exercer os direitos licenciados, os autores aceitam e concordam em obedecer aos termos e condições da Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.