O USO DE MÍDIAS SOCIAIS PARA INSERÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA CARREIRA MÉDICA NO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v7i10.342Palavras-chave:
Faculdades de medicina, Mídias sociais, Mercantilização, Marketing de Serviços de SaúdeResumo
Introdução: As mídias sociais representam uma nova tecnologia de comunicação cujo uso tem-se mostrado promissor na medicina, mas pode expor profissionais e pacientes a riscos, como violação de confidencialidade e transmissão leviana de informações imprecisas. Em todo caso, tal é a penetração dessa tecnologia nos diversos âmbitos da vida social e profissional que futuros médicos já pressentem a necessidade de utilizá-la para impulsionar a própria carreira. Métodos: Estudo transversal quantitativo-qualitativo. Os dados foram coletados através de questionário online (dividido em perguntas diretas e Likert) com estudantes do último ano de medicina e entrevistas com coordenadores de tecnologia de informação (TI), marketing e laboratório de comunicação da faculdade de medicina. Resultados: Entre os 115 estudantes que aceitaram participar da pesquisa, 94,7% declararam ter redes sociais, especialmente o Instagram (99,1%), passando em média 1-4 horas/dia (81,5%). Nos questionários, 95,6% consideravam que as redes sociais são importantes na medicina e 73% acompanham perfis de médicos. Entre as respostas do questionário Likert, a sentença mais defendida foi: “Já vi médicos veicularem informações imprecisas ou sensacionalistas para atrair seguidores”, obtendo valor de ranking médio de 4,18. Discussão: Os assuntos abordados pelos núcleos de Marketing, TI e comunicação frisaram a importância da ética no uso das redes sociais na carreira médica. Cada núcleo também comentou sobre pontos positivos e negativos das redes sociais, pontuando possíveis estratégias para evitar o mau uso. Conclusão: Os estudantes de medicina usam as redes sociais e acreditam que elas têm um papel importante na saúde. Entretanto, apesar do interesse, não possuem habilidades para desenvolver um perfil social de valor e afirmam já ter visto médicos veicularem informações imprecisas ou sensacionalistas em seus perfis. Fato constatado pelos profissionais de TI, comunicação e marketing, que alegam a necessidade da eticidade e cuidado com as informações passadas.
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