Epidemiologia das taxas de internação e de mortalidade por acidente vascular cerebral isquêmico no Brasil

Autores

  • Maria Elvira Freitas Martins Universidade Federal de Goiás
  • Alice Jardim Zaccariotti Universidade Federal de Goiás
  • Athus Di Lucca Miranda Borges Universidade Federal de Goiás
  • Cristiely Oliveira Caixeta de Sousa Universidade Federal de Goiás
  • Luís Felipe Araújo Peres Universidade Federal de Goiás
  • Jairo Porfírio de Oliveira Júnior Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.53843/bms.v8i12.323

Palavras-chave:

AVC isquêmico, Análise Espaço-Temporal, Fatores de Risco

Resumo

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) é caracterizado pela oclusão de um vaso sanguíneo do cérebro com interrupção do suprimento de oxigênio, sendo a forma mais frequente de AVC, representando 87% dos casos. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é avaliar a tendência das taxas de internação (TI) e mortalidade (TM) por AVCi por faixa etária entre 2011 e 2020.

Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional e retrospectivo. Obtiveram-se o número de internações e óbitos por AVCi pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Calcularam-se a TI e TM por 100.000 habitantes, bem como suas tendências pela regressão linear segmentada. Obtiveram-se as variações percentuais anuais (APCs) com intervalos de 95% de confiança (IC95%).

Resultados: O Brasil apresentou 223210 internações e 23468 óbitos por AVCi no período. As TI e TM apresentaram-se maiores conforme a idade em todos os anos. Houve uma tendência decrescente tanto da TI (APC= -4,5) quanto da TM (APC= -7,9) para a população total. Com exceção das faixas etárias de 1 a 39 anos, as demais apresentaram TI decrescentes. Enquanto na TM, apenas a faixa etária entre 1 e 19 anos demonstrou tendência estacionária.

Discussão: O decréscimo da TI e da TM coincidiu com o período de implementação do programa Hiperdia cujo objetivo é vincular os portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus às unidades de saúde, garantindo-lhes tratamento sistemático, o que previne os fatores de riscos modificáveis de grande impacto na ocorrência de AVCi.

Conclusão: É de suma importância a conscientização da população quanto aos fatores modificáveis para AVCi, assim como é necessário o aprimoramento profissional da equipe de atendimento, visto que um menor tempo para a abordagem é essencial para evitar piores desfechos.

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Referências

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Publicado

11.09.2023

Como Citar

1.
Freitas Martins ME, Zaccariotti AJ, Miranda Borges ADL, Oliveira Caixeta de Sousa C, Araújo Peres LF, Porfírio de Oliveira Júnior J. Epidemiologia das taxas de internação e de mortalidade por acidente vascular cerebral isquêmico no Brasil. BMS [Internet]. 11º de setembro de 2023 [citado 21º de novembro de 2024];8(12). Disponível em: https://bms.ifmsabrazil.org/index.php/bms/article/view/323