EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA PARA DESMISTIFICAR “FAKE NEWS” SOBRE AS VACINAS CONTRA COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Guilherme Bezerra Ferreira; Amanda Rodrigues Pereira; Bruno Henryque Marconato; Gabriela Caroline Laismann Felicetti; Giovanna de Freitas Ferreira; Mayra Cleres de Souza; Luiz Eduardo Alves Costa; André Demambre Bacchi

doi:10.53843/bms.v5i8.170

Autores

Guilherme Bezerra Ferreira Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) https://orcid.org/0000-0001-9098-2957
Amanda Rodrigues Pereira Universidade Federal de Rondonópolis, Medical Student https://orcid.org/0000-0002-9663-6948
Bruno Henryque Marconato Universidade Federal de Rondonópolis, Medical Student https://orcid.org/0000-0001-7113-2463
Gabriela Caroline Laismann Felicetti Universidade Federal de Rondonópolis, Medical Student https://orcid.org/0000-0002-1715-1740
Giovanna de Freitas Ferreira Universidade Federal de Rondonópolis, Medical Student https://orcid.org/0000-0002-6684-2417
Mayra Cleres de Souza Universidade Federal de Rondonópolis, Medical Student https://orcid.org/0000-0002-7520-9592
Luiz Eduardo Alves Costa Universidade Federal de Rondonópolis, Medical Student https://orcid.org/0000-0002-5900-4407
André Demambre Bacchi Universidade Federal de Rondonópolis, Professor de Farmacologia e Ensino Tutorial https://orcid.org/0000-0002-5330-3721

DOI:

https://doi.org/10.53843/bms.v5i8.170

Palavras-chave:

Vacinação, Infecções por Coronavírus, Acesso à Informação , Saúde Pública

Resumo

INTRODUÇÃO: Com o surgimento e progressão da pandemia da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 (COVID-19), a busca por vacinas se fez presente. Contudo, a falta de informação e as notícias falsas (“Fake News”) influenciam negativamente a vacinação, o que foi intensificado na pandemia. Logo, para informar a população sobre vacinas para COVID-19, realizou-se uma ação de educação em saúde com duas frentes. E este relato de experiência aborda as experiências e impressões do grupo desenvolvedor sobre as atividades desenvolvidas e seus impactos. RELATO: Sob supervisão de um docente, e em parceria com a Secretária Municipal de Saúde, foi proposta uma vertente da ação presencial, com abordagem individual de público em praça pública para explicações sobre as vacinas para a COVID-19. Realizou-se, ainda, uma vertente virtual em roda de conversa com estudantes e profissionais da saúde com capacitação desse público para serem disseminadores de conhecimento sobre o tema. DISCUSSÃO: Por ser uma doença nova, as “Fake News” relacionadas a COVID-19 ganham força e aumentam a hesitação da população para vacinar, gerando preocupação na realidade pandêmica. E durante a ação em saúde presencial observaram-se receios da população, que foram esclarecidos, causando uma notável maior segurança e disposição com a vacinação. Ademais, no âmbito da educação permanente em saúde, o público-alvo demonstrou compreensão do conteúdo abordado na capacitação online e disposição a difundi-lo em seus meios de ação. CONCLUSÃO: Após análise dos questionários aplicados antes e após cada atividade e do relato verbal dos participantes, conclui-se que a ação “Eu me protejo de notícias falsas e você? Vacine-se” atingiu população e profissionais da saúde, cumprindo o objetivo de orientar e incitar o pensamento crítico, combatendo a desinformação e as “Fake News” relacionadas à vacinação para COVID-19. Então, ficou claro para o grupo, a importância e necessidade de mais ações em saúde nessa temática.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Oliveira LMS, Gomes NP, Oliveira ES, et al. Estratégia de enfrentamento para covid-19 na atenção primária à saúde: relato de experiência em Salvador-BA. Revista Gaúcha de Enfermagem [Internet]. 2021 [cited 2021 May 29]; Available from: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/qBvZQPkZRQfCkwcDvNMnwcS/?lang=en#B1.

Chung JY, Thone MN, Kwon YJ, et al. Vacinas COVID-19: a situação e as perspectivas dos pontos de vista de entrega. Elsevier Public Healt Emergency Collection [Internet]. 2020 Dec 24 [cited 2021 May 29]; Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7759095/.

Rego TC, et al. Produtivismo, pesquisa e comunicação científica: entre o veneno e o remédio. Educação e Pesquisa [Internet]. 2014 abril/junho [cited 2021 May 29];40 Available from: https://www.scielo.br/j/ep/a/Y7kSww5RQSQRSs89g3sjgrh/?lang=pt&format=pdf.

Agência Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: Valéria Aguiar; 2020 Oct 16 [cited 2021 May 29]. Available from: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-10/em-queda-ha-5-anos-coberturas-vacinais-preocupam-ministerio-da-saude#:~:text=J%C3%A1%20at%C3%A9%202%20de%20outubro,59%25%20do%20p%C3%BAblico%2Dalv.

AVAAZ, Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). As Fake News estão nos deixando doentes?: Como a desinformação antivacinas pode estar reduzindo as taxas de cobertura vacinal no Brasil [Internet]. online; 2019 novembro [cited 2021 May 29]. Available from: https://sbim.org.br/images/files/po-avaaz-relatorio-antivacina.pdf.

AVAAZ. 1 em cada 4 brasileiros pode não se vacinar contra a COVID-19: IBOPE: Entre estes, 3 em cada 10 (ou 34%) declaram uma fake news como razão para não se vacinar, como “a vacina pode ter chips implantados para controle da população” [Internet]. online; 2020 Sep 07 [cited 2021 May 29]. Available from: https://secure.avaaz.org/campaign/po/brasileiros_nao_vacinar_covid/?slideshow.

Zarocostas J. How to fight an infodemic. Lancet. 2020 Feb 29; 395(10225):676. doi: 10.1016/S0140-6736(20)30461-X.

Organização Pan-Americana da Saúde OPAS. ENTENDA A INFODEMIA E A DESINFORMAÇÃO NA LUTA CONTRA A COVID-19: DEPARTAMENTO DE EVIDÊNCIA E INTELIGÊNCIA PARA AÇÃO EM SAÚDE. Institucional Repository for Information Sharing IRIS [Internet]. 2020 [cited 2021 Jul 7]; Available from: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_por.pdf.

De Matos, R. C. Fakenews frente a pandemia de COVID-19. Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Health Surveillanceunder Debate: Society, Science & Technology) – Visa em Debate, [S. l.], v. 8, n. 3, p. 78-85, 2020. DOI: 10.22239/2317-269x.01595. Disponível em: .https://doi.org/10.22239/2317-269x.01596.

WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. ReportoftheSageworkinggrouponvaccinehesitancy. Geneva, 1º out. 2014. Disponível em: https://www.who.int/immunization/sage/meetings/2014/october/1_Report_WORKING_GROUP_vaccine_hesitancy_final.pdf.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Coberturas vacinais no Brasil são baixas e heterogêneas, mostram informações do PNI. SBIm, 2020. Disponível em: https://sbim.org.br/noticias/1359-coberturas-vacinais-no-brasil-sao-baixas-e-heterogeneas-mostram-informacoes-do-pnih#:~:text=Em%202020%2C%20embora%20os%20dados,e%2055%2C7%25%.

Siddiqui M, Salmon DA, Omer SB, et al. Epidemiologia da hesitação vacinal nos Estados Unidos. Human vaccines e immunotherapeutics [Internet]. 2013 Dec 01 [cited 2021 May 29]; DOI https://dx.doi.org/10.4161%2Fhv.27243. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4162046/.

Gostin LO, Wiley LF, et al. Poderes governamentais de saúde pública durante a pandemia de COVID-19: pedidos de estadia em casa, fechamento de empresas e restrições de viagens. National Library of Medicine: National Center for Biotechnology Information [Internet]. 2020 Jun 02 [cited 2021 May 29];323(21) DOI https://doi.org/10.1001/jama.2020.5460. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32239184/.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Portaria Nº 1.996 GM/MS, 2007ª.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Portaria NPORTARIA Nº 2.761 GM/MS, 2013ª.