Análise Epidemiológica por Insuficiência Cardíaca no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53843/bms.v6i9.224

Palavras-chave:

Epidemiologia, Gastos em Saúde, Insuficiência Cardíaca, Hospitalização, Mortalidade

Resumo

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome caracterizada pela redução no débito cardíaco e/ou aumento das pressões de enchimento. No Brasil, a IC apresenta elevada taxa de internações e óbitos com alto custo ao sistema público. Nesse sentido, conhecer as características clínicas dessa patologia é fundamental para um melhor prognóstico e controle epidemiológico. Assim, este estudo objetivou analisar o perfil das hospitalizações e óbitos por IC no Brasil entre 2015 e 2020. Metodologia: Estudo descritivo das internações e da mortalidade por IC no país, com base nos dados disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Essas variáveis foram estratificadas conforme sexo, idade, cor/raça e ano. Resultados: Foram registradas 1.212.249 internações, com uma tendência de decréscimo ao longo dos anos não acompanhado de redução nos investimentos públicos. Analisando as hospitalizações verificou-se predomínio nos homens (51,61%) e com idade a partir de 70 anos (48,61%), seguido daqueles entre 40 e 69 anos (46,10%). Ainda, observou-se que 37,85% dos pacientes apresentavam cor/raça branca. Quanto aos óbitos, foram registrados um total de 134.703 vítimas. De forma temporal, nota-se um percentual constante, com média de 22.450,5 óbitos/ano. A mortalidade foi mais prevalente em mulheres (50,38%) e na faixa etária maior ou igual a 70 anos (61,22%). Ademais, como nas internações observa-se predomínio em pacientes brancos (37,15%). Discussão: O perfil das hospitalizações por IC apresentaram tendência decrescente. Entretanto, a queda observada em 2020 pode apresentar fatores de confusão, devido a atual pandemia do COVID-19. As características epidemiológicas apresentaram fatores geográficos, genéticos e sanitários como determinantes dessas variáveis. Conclusão: Apesar da redução no número de internações e manutenção nos óbitos entre 2015 e 2020, os índices de mortalidade ainda são altos mesmo com os avanços tecnológicos, gerando um elevado custo para os cofres públicos.

 

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Publicado

12.04.2022

Como Citar

1.
Alexsander R, de Las Casas Bessa L, Dias Silveira AV, Gualberto Souza I, Silveira Ferreira GF, Pacheco Souza G, Schimdt França D. Análise Epidemiológica por Insuficiência Cardíaca no Brasil. BMS [Internet]. 12º de abril de 2022 [citado 9º de maio de 2024];6(9). Disponível em: https://bms.ifmsabrazil.org/index.php/bms/article/view/224