Alopecia androgênica como agravo da infecção por SARS-CoV-2
Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.53843/bms.v5i8.213Palavras-chave:
Infecções por coronavírus, Cabelo, AndrogêniosResumo
Introdução: A pandemia do coronavírus traz como destaque quadros de evolução grave associados aos pacientes que apresentam alopecia androgênica, a qual está relacionada com uma variação hormonal mediante a ação de andrógenos. Essa produção bibliográfica visa sintetizar as evidências que correlacionam o papel dos andrógenos na alopecia androgênica diante da infecção pelo coronavírus. Metodologia: Essa revisão de literatura utilizou os descritores “Adult”, “Alopecia” e “COVID-19” com o operador booleano “AND” nas bases bibliográficas PubMed, SciELO, LILACS e BVS. Os filtros utilizados foram idiomas inglês, português e espanhol, trabalhos disponibilizados na íntegra com enfoque na alopecia androgênica e na ação dos andrógenos na fisiopatologia da COVID-19. Resultados: Após a leitura dos artigos selecionados, encontraram-se evidências acerca das implicações da alopecia no organismo, assim como o papel dos antiandrogênicos na fisiopatologia da COVID-19 e dos andrógenos na facilitação da passagem do vírus para o meio intracelular. Discussão: A infecção pelo SARS-CoV-2 se dá mediante a associação entre as proteínas spike do vírus e a serina protease transmembranar 2 (TMPRSS2) para a sua penetração nas células do hospedeiro. Ademais, os receptores de andrógenos atuam como promotores de transcrição para TMPRSS2 e, dessa maneira, tornam mais fácil a entrada de SARS-CoV-2 no meio intracelular. As variações no gene do receptor de andrógeno se relacionam com sua sensibilidade e estão associadas ao desenvolvimento de enfermidades como alopecia androgênica, condição clínica que está sendo associada a prognósticos graves da COVID-19 e maiores índices de hospitalização. Conclusão: A partir dos artigos analisados, torna-se evidente não só o número escasso de produções científicas acerca do tema abordado, como também a associação entre o agravamento dos quadros de COVID-19 e a alopecia androgênica, além do potencial promissor de terapias que fazem uso de drogas anti-androgênicas no tratamento de infecções pelo SARS-CoV-2.
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